segunda-feira, 11 de abril de 2016

Led Zeppelin - Celebration Day

Led Zeppelin - Celebration Day (2013)

Neste, que é um blog de tendência egocêntrica, posto aqui um álbum que adoro mas com o pensamento noutra pessoa: este é para o meu compadre e melhor amigo - Para passares o tempo até estares de volta a estas terras...


Uma das maiores bandas de Rock'n'Roll de sempre, provavelmente A verdadeira banda de Rock, decide reunir-se para um concerto único, para uma celebração que rebentou qualquer escala de expectativa que pudesse haver. Obviamente que não foi a formação original, mas em espírito bem que poderia ter sido, pois quem aqui fica a cargo da bateria é, nada mais nada menos que: Jason Bonham, filho do malogrado gigante John Bonham!

Será que uma coisa destas ainda desperta curiosidade na era do digital e do descartável? A isto respondo com uma citação: "Depending on whose estimate you believe, somewhere between 20 million and 200 million people attempted to avail themselves of tickets for this show: the 18,000 who succeeded are understandably not in the mood for anything more complicated than worship." Esclarecedor!!!

Jimmy Page está num nível completamente à parte: na competência, no estilo, no à vontade e na forma como põe a guitarra a puxar pelo público de uma forma que muitos frontmen não se aproximam sequer. É um deus da guitarra e quem disser o contrário devia ser empalado na berma da estrada. Só por ele, o concerto já valia a pena...

Robert Plant é Robert Plant e dá o espectáculo que só Robert Plant daria. Mas este é pai e avô e tem consciência que os tempos de juventude já lá foram, não se aventurando em exageros e oferecendo uma prestação sólida, competente e com emoção a rodos.

John Paul Jones é pura classe, seja no baixo ou nas teclas... 

Mas aqui, a química é o verdadeiro jaw dropper... Impressionante como comunicam com um olhar, um sorriso, uma variação num acorde...

Por fim, Jason Bonham é capaz de estar à altura da encomenda, o que é um tremendo elogio tendo em conta o legado deixado pelo seu pai. Uma actuação que entra discreta e algo nervosa, mas que à terceira música se começa a soltar e a, literalmente, descarregar emoções na bateria. Actuação em grande e em crescendo de confiança.

Um assombro!!




Setlist:
Good Times Bad Times
Ramble On
Black Dog
I My Time Of Dying
For Your Life
Trampled Under Foot
Nobody´s Fault But Mine
No Quarter
Since I,ve Been Loving You
Dazed And Confused
Stairway To Heaven
The Song Remains The Same
Misty Mountain Hop
Kashmir

First encore:
Whole Lotta Love

Second encore:
Rock And Roll



Informação para rodapé:

Se quiserem voltar a cápsula do tempo atrás, aconselho vivamente que escutem o álbum ao vivo "How The West Was Won" (2003) com as melhores actuações do setlist da digressão americana de 1972, registadas nos concertos a 25 e 27 de Junho. Ouçam a música Moby Dick e percebam porque é que John Bonham foi um dos maiores baterista de todos os tempos...







quarta-feira, 6 de abril de 2016

Clutch - Earth Rocker

Clutch - Earth Rocker (2013)




Para quem não conhecer o nome Clutch, estes senhores já cá andam desde 1991. Ou seja, já não são nenhuns meninos. Mas em 2013 revelaram inspiração, vitalidade e energia a rodos quando lançaram este álbum, deixando muito boa gente de queixo caído apesar de ser uma banda com créditos já mais que firmados.

Mantendo a personalidade sludge, guinaram a máquina um pouco mais para o rock duro e puro (e sujo), injectaram esteróides até rasgar a camisa e groove até embriagar. O resultado é um discos cheio de grandes malhões do princípio ao fim. São 45 minutos de testosterona, riffs barbudos e refrões ultra-orelhudos... Todas as músicas são muito boas ou excelentes e é um daqueles discos que traz erosão acelerada ao botão play. 

"Yes, I've lost many battles,
And even more days.
But if I had to do it over,
I'd do it just the same"

Altamente recomendado, altamente viciante e ideal para fazer quilómetros de carro com o sol a bater no para-brisas. No fillers, all killers!! Mais nada a dizer...


Lineup:
Neil Fallon - voz; harmónica; guitarra; percussão
Tim Sult  - guitarra
Dan Maines -  baixo
Jean-Paul Gaster - bateria; percussão



Fan made Clutch video for the song ''Earth Rocker''

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Death

(1983-2001)


Uma das bandas mais importantes no contexto do metal extremo, uma das principais referências na génese do Death Metal e, muito provavelmente, A minha banda preferida de sempre. O seu mentor e força motriz Chuck Schuldiner (Evil Chuck, The Godfather of Death Metal), foi um guitarrista brilhante,único membro permanente e compositor de uma discografia igualmente brilhante. Deixou um buraco enorme ao falecer devido a um tumor cerebral em 2001 (com 34 anos), mas para a história fica uma discografia sem falhas, sempre em crescendo e recheada de clássicos, que ajudaram a estabelecer as bases de um estilo em que nem sempre o virtuosismo vem aliado a criatividade e qualidade. 

Pessoalmente, tenho uma admiração gigante pelos Death/Chuck Schuldiner, revisito frequentemente os seus álbuns (sempre com enorme prazer) e continuo a achar que "mete no bolso" muitas bandas actuais. 

É uma banda cuja evolução a levou a atravessar diferentes fases, sempre à frente dos seus pares, e que poderão apelar de diferentes formas a diferentes ouvintes. Mas eu adoro-as a todas, desde a selvajaria gore inicial de um "Scream Bloody Gore", ao vistuosismo técnico e high pitch vocals do último "The Sound Of Perseverance".

Uma discografia irrepreensível, fundamental e obrigatória a qualquer apreciador do género, ou para quem queira conhecer/perceber a origem do mesmo. Provavelmente, muitos consideram maior o impacto do "Altars of Madness" dos Morbid Angel, embora eu ache que os álbuns de estreia de ambas as bandas são dois clássicos igualmente intemporais, que em meados da década de 80 marcaram o verdadeiro início de um som sujo e bruto como nunca se tinha ouvido até então. Mas comparando discografias, não tenho qualquer dúvida... DEATH!!


Scream Bloody Gore (1987)
Leprosy (1988)
Spitirual Healing (1990)
Human (1991)
Individual Thought Patterns (1993)
Symbolic (1995)
The Sound Of Perseverance (1998)

Em 2001, a editora Nuclear Blast lançou o album ao vivo "Live In L.A. (Death & Raw)" com o objectivo de angariar fundos que reverteriam para ajudar Chuck Schuldiner na luta contra o cancro. Infelizmente, uma luta que viria a ser perdida...

Live In L.A. (Death & Raw)


LET THE METAL FLOW!!!