quarta-feira, 31 de maio de 2017

Made in Portugal

Um país tão soalheiro "à beira mar plantado" e a borbulhar de talento no que toca à música underground... O underground lusitano continua a parir bandas magníficas cujo o reconhecimento se torna muito mais significativo fora de portas. Aqui estão três propostas recentes, muito recomendáveis e completamente díspares, de três bandas carregadinhas de potencial (uma delas já com quase 20 anos nestas andanças).

Sinistro - Semente (2016)


Uma banda cujos os elementos já têm currículo no panorama nacional da música pesada e que se associam a Patrícia Andrade para criar algo realmente belo e único. Com edição mundial pela gigante Season of Mist, vagueiam ali entre o Doom e o Post-metal, como quem guia um sonho entre o claustrofóbico e o etéreo.
Aqui está a música "Relíquia", ao vivo no mítico festival Roadburn.


Lineup:
Patrícia Andrade - voz
Y - baixo
F  -  teclados; baixo
R -  guitarras
P - bateria


The Ominous Circle - Appalling Ascension (2017)


Mais uma banda com vários elementos com currículo prévio e que cai como uma bomba sem aviso. Primeiro album com edição europeia pela Osmose Productions e americana pela 20 Buck Spin, não é para qualquer um, muito menos vindo de Portugal. Um portento de Death/Black Metal, a avisar os Behemoth para se porem a jeito... 



Lineup:
Phil - voz; guitarra
Dan  - baixo
Ben -  guitarra; voz
Zach - bateria


Corpus Christii - Delusion (2017)


Nocturnos Horrendus (muito conhecido no underground, provavelmente desconhecido do restante mundo musical) já anda a incinerar o mundo desde 1998 com a sua abordagem própria e evolutiva ao Black Metal mais primitivo e este é o seu mais recente álbum. Para quem apreciar o estilo, é provavelmente do melhor que vão ouvir este ano...




Lineup:
Nocturnus Horrendus- voz; todos os instrumentos
J. Goat -  guitarra; baixo

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Khemmis - Hunted

Khemmis - Hunted (2016)


Mas que grande disco de uma banda muito jovem mas que começa a dar muito que falar, dada a consistência deste segundo álbum e a bomba que o primeiro (Absolution, de 2015) já havia sido. Isto é Doom de muito bom gosto, extremamente bem composto e assente em riffs gigantes e uma secção rítmica potente e bem vincada. Têm sido um pouco comparados a Pallbearer, e até entendo as comparações, mas acho os Khemmis mais directos e vibrantes. Há por aqui partes mais rápidas quase trash, alguns leads e solos com espírito muito heavy metal e uma dualidade nas vocalizações entre um registo cantado (predominante) e grunhos Death Metal que, na minha opinião, funciona extremamente bem. 

Ando viciado neste álbum e tem tocado com frequência no gira-discos e no iPod. A revista Decibel considerou-o álbum do ano em 2016? Não me admira...


Lineup:
Phil - voz; guitarra
Dan  - baixo
Ben -  guitarra; voz
Zach - bateria