Um clássico do Death Metal e um clássico da Literatura Fantástica. Boa forma de passar o tempo...
sábado, 29 de outubro de 2016
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Nick Cave & The Bad Seeds - Skeleton Tree
Nick Cave & The Bad Seeds - Skeleton Tree (2016)
Não consigo pôr em palavras o sentimento que este álbum transborda nem a forma como me faz sentir, por isso nem vou tentar... Isto é Nick Cave no seu ponto mais frágil e um disco profundamente triste e comovente! "One more time with feeling..."
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Youn Sun Nah
"Enter Sandman"
do álbum "Same Girl" (2010)
E agora para algo completamente diferente, pelos menos tendo em conta o que se conhecia por estes lados. No que se refere a versões de Metallica (mais do que comuns), não tinha uma surpresa destas desde o longínquo primeiro álbum dos Apocalyptica. Mas aqui, em vez de violoncelos temos um vozeirão. Dá vontade de conhecer mais desta vocalista de jazz sul-coreana e vale a pena fazê-lo!
Nick Cave & The Bad Seeds
"Good Good Day"
da compilação "B-Sides & Rarities" (2005)
Sou um enorme fã de Nick Cave já há muitos, muitos anos. Sou fã de todas as suas fases, embora com maior tendência para álbuns mais negros e sorumbáticos. Por mais caótica ou delicada que seja a música, por mais causticas ou comoventes que sejam as letras, sempre houve uma beleza latente na sua obra. E de repente há esta música que, em mim, gera um pensamento paradoxal: não entendo como uma música tão fascinante não foi editada em álbum, mas entendo que uma música tão profunda e genuinamente positiva não encaixa propriamente em nenhum álbum do seu fundo de catálogo!
Numa obra já tão extensa, o que não faltam são músicas que ressoam no mais intimo do meu ser e que dificilmete deixarei de regressar a elas com o passar dos anos. Músicas intemporais! Mas esta é provavelmente a única música que conheço de Nick Cave que transborda alegria e quase me obriga a ver o dia de forma mais positiva e de sorriso nos lábios. Uplifting, é a palavra. Não é portuguesa, mas provavelmente a palavra é mesmo essa: uplifting!
See the little cloud up in the sky
It's a good good day today
See the little cloud pass on by
It's a good good day today
Mary comes now, let Mary be
Can you see her down on the street?
Mary's laughing 'cause Mary sees
That she's a-wearin' that dress for me
There can be times, yeah
When all things come together, yeah
Under a clear sky and you can believe, yeah
You hold your breath for this moment, yeah
But do not breathe for this day alone
Is a good day, yes I know
It's a good day, yeah I know
Today
Hear her feet skipping up the stairs
It's a good good day today
She is the answer to all of my prayers
It's a good good day today
Mary comes now, she don't knock
'Cause she's runnin' on her own little clock
Mary's laughing 'cause Mary knows
That this day was meant for us
And Mary full knows, yeah
And any foresees that the future, yeah
Is a-down on its knees
And are all crying and a-reelin'
And tears roll down their cheeks
'Cause I can believe in the one
That is standing in front of me
On this day, don't you know
Is a good day, yes I know
It's a good day, I told you so
Today
See her breasts how they rise and fall
It's a good good day today
And she knows I've used that line before
It's a good good day today
Mary's laughing, she don't mind
'Cause she knows she's one of a kind
Mary's laughing, just to me
Standing next to me
And any fool knows, yeah
That the wind always blows
Something to someone, yeah
Once in a while
So let it rain, let it fall
Let the wind, oh, through your door
'Cause right now for this moment
Forever me standing next to her
On this day, which I know
Is a good day, yeah I know
Oh, it's a good day, I told you so
Today...
Trash'Em All
No espectro da música extrema, o Trash Metal sempre me deu bandas que adoro (Slayer à cabeça) mas nunca foi o meu sub-género de eleição. No entanto, recentemente, houve duas propostas que me deixaram entusiasmado e agarrado como há muito não acontecia por estas paragens. São dois verdadeiros festins de headbanging!
VHOL - Deeper Than Sky (2015)
Um super-projecto (uma moda que está para durar, embora nem sempre com resultados muito animadores), com membros bastante conhecidos dos YOB, Agalloch e Hammers of Misfortune, que ao segundo álbum lançam uma verdadeira bomba incendiária, um poço de diversão sem ser música divertida. Really, really addictive and entertaining!!
Trash com raízes no passado do género (há aqui riffs que tresandam a Slayer), olhos bem fixos no futuro e algumas influências de black e heavy metal. Guitarras sempre a abrir e uma secção rítmica portentosa, num álbum altamente viciante e carregado de adrenalina. E tem uma coisa que nunca tinha ouvido, pelo menos neste género: um intenso duelo entre baixo e piano, sempre em velocidade acelerada, num instrumental curiosamente intitulado "Paino".
Recomendo vivamente!! No fillers, all killers!
Lineup:
Mike Scheidt - voz
Sigrid Sheie - baixo
John Cobbett - guitarra
Aesop Dekker - bateria
Aesop Dekker - bateria
Vektor - Terminal Redux (2016)
Outra bomba com uma velocidade média considerável, mas aqui o Trash Metal veste uma roupagem um pouco mais progressiva, no bom sentido. Nos tempos que correm, de consumismo rápido e descartável, aparecer um álbum conceptual deste calibre é uma bem vinda anormalidade. Uma história futurista com alguns aspectos inspirados no icónico filme "2001: Odisseia no Espaço", uma personagem principal com intenções bastante negativas e um enredo coerente e desafiador, que não ficará claro ao fim de um par de audições
A produção é bombástica. Permite ouvir claramente todos os instrumentos e perceber a imensa criatividade aqui patente e a enorme proficiência técnica da banda. São nove malhões e uma espécie de interlúdio ("Mountains Above The Sun"), em que apenas duas músicas estão abaixo dos 6 minutos. Sim, são musicas grandes, o que não é muito comum neste género! Mas os riffs são tantos e tão bons, os solos são enormes, o baixo e a bateria têm uma dinâmica impressionante... Não é difícil manter a atenção.
A voz, rasgada, encaixa como uma luva e consigo entender algumas comparações com a fase 'Sound of Perseverance' do malogrado Chuck Schuldiner. No entanto, e felizmente apenas um punhado de vezes, também surgem uns guinchos estilo Tom Araya, mas bastante irritantes. Como são poucas vezes e surgem no meio de tanta coisa boa a acontecer ao mesmo tempo, acabam por ser ignorados...
A voz, rasgada, encaixa como uma luva e consigo entender algumas comparações com a fase 'Sound of Perseverance' do malogrado Chuck Schuldiner. No entanto, e felizmente apenas um punhado de vezes, também surgem uns guinchos estilo Tom Araya, mas bastante irritantes. Como são poucas vezes e surgem no meio de tanta coisa boa a acontecer ao mesmo tempo, acabam por ser ignorados...
Apesar de todas as músicas terem vários e elevados pontos de interesse, sinto mesmo que tenho de destacar uma música em particular: "Collapse", a penúltima faixa do disco. Dentro do andamento geral do álbum, surge neste e na história quase como uma pseudo-balada que vai crescendo em pormenores, peso e agressividade. Volto recorrentemente a esta música e, pessoalmente, penso que os Metallica gostariam de ainda conseguir sacar uma malha destas...
Extremamente bom e garanto que, lá para o final do ano, vai surgir em muitas listas dos melhores álbuns de metal de 2016. Clássico daqui a uns anos?
Extremamente bom e garanto que, lá para o final do ano, vai surgir em muitas listas dos melhores álbuns de metal de 2016. Clássico daqui a uns anos?
Lineup:
David DiSanto - voz; guitarras
Erik Nelson - guitarras
Blake Anderson - bateria
Frank Chin - baixo
Frank Chin - baixo
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
50 álbuns que marcaram a minha década de 90
Fez recentemente 20 anos que pela primeira vez me dirigi a uma loja de música exclusivamente para comprar um CD (alguém se lembra da velhinha Valentim de Carvalho?). Tinha 14 anos. Na altura estava longe de imaginar que aquele seria um dos actos mais repetidos da minha vida e o início de uma paixão e colecção que não mais pararam de crescer.
Estávamos em plena década de 90!! Uma década de eventos marcantes que se iniciou com a libertação de Nelson Mandela e viu a Guerra do Golfo. A década que chorou a morte de figuras icónicas como Kurt Cobain, Jeff Buckley, Stanley Kubrick ou a Princesa Diana, a "Princesa do Povo". Personagens como Saddam e o Unabomber apareceram em conversas de café, assim como o felatio mais famoso da história (quem não se lembra da história sempre que vê a cara do Bill Clinton?!). Foi a década da geração Seinfeld, Simpsons e South Park, da sátira mordaz em horário nobre.
Em mais uma década de história recheada de acontecimentos mais relevantes ou banais, nasceu uma coisa que viria a transformar-se num gigante que engoliu o mundo e mudou drasticamente a forma deste funcionar e as relações humanas. Foi a década que marcou o nascimento da World Wide Web e a chegada da "Era da Informação". Mesmo com os ruídos irritantes do modem, do ter de desligar para fazer uma chamada telefónica, da lentidão... o Mundo começou a entrar-nos em casa pelo monitor! O panorama musical, não foi excepção e também mudou drasticamente, e de forma quase irremediável, quando ocorreu o boom Naspster em 1999. A música tornou-se gratuita e à distância de um download, as vendas do produto físico caíram a pique, os músicos sentiram e as velhinhas lojas de música também... Que o digam a Virgin e a Roma Megastore, que existiam em pleno coração de Santa Catarina e das quais muita gente já não se recorda...
Admito que também vivi a febre da partilha de ficheiros e que isso me permitiu conhecer a aceder a algumas bandas difíceis de encontrar neste nosso país solarengo. Mas a paixão pelo vinil e pelo CD não permitiram que a moda durasse e assim continuei a procurar, a conhecer, a comprar e a desfrutar. Em jeito de homenagem à década de 90, recordo 50 álbuns que nessa época me marcaram pessoalmente e tocaram incessantemente (os tempos do walkman, do discman e do minidisc). Foram a banda sonora de muitos momentos marcantes e de outros que mais vale esquecer, de caminhadas e viagens de autocarro, de intervalos da escola e coisas de adolescente...
Muitos destes álbuns vieram a tornar-se clássicos, outros nem por isso! Aqui estão "50 álbuns que marcaram a minha década de 90"!
Metallica - Metallica (1991) |
Nirvana - Nevermind (1991) |
Pantera - Vulgar Display Of Power (1992) |
Cannibal Corpse - Tomb Of The Mutilated (1992) |
Carcass - Heartwork (1993) |
The Offspring - Smash (1994) |
Green Day - Dookie (1994) |
Jeff Buckley - Grace (1994) |
Bush - Sixteen Stone (1994) |
The Crow OST (1994) |
Death - Symbolic (1995) |
Anathema - Silent Enigma (1995) |
The Presidents Of The United States Of America - The Presidents Of The United States Of America (1995) |
Mamonas Assassinas - Mamonas Assassinas (1995) |
The Gathering - Mandylion (1995) |
Neurosis - Through Silver In Blood (1996) |
Moonspell - Irreligious (1996) |
Marilyn Manson - Antichrist Superstar (1996) |
Sepultura - Roots (1996) |
Rage Against The Machine - Evil Empire (1996) |
Tool - Aenima (1996) |
Cradle Of Filth - Cruelty And The Beast (1996) |
Gabriel O Pensador - Quebra-Cabeça (1996) |
Strapping Young Lad - City (1996) |
Ornatos Violeta - Cão (1997) |
Ratos De Porão - Carniceria Tropical (1997) |
Pennywise - Full Circle (1997) |
Deftones - Around The Fur (1997) |
Smash Mouth - Fush Yu Mang (1997) |
Foo Fighters - The Colour And The Shape (1997) |
The Cure - Galore (The Singles 1987-1997) |
Ben Harper & The Innocent Criminals - The Will To Live (1997) |
Ramp - E.D.R. (1998) |
Soulfly - Soulfly (1998) |
Black Sabbath - Reunion (1998) |
Zen - The Privilege Of Making The Wrong Choice (1998) |
Nick Cave - The Best Of... (1998) |
Cake - Prolonging The Magic (1998) |
System Of A Down - System Of A Down (1998) |
Devin Townsend - Infinity (1998) |
The Smashing Pumpkins - Adore (1998) |
Marilyn Manson - Mechanical Animals (1998) |
Control Denied - The Fragile Art Of Existence (1999) |
Novembers Doom - Of Sculptured Ivy And Stone Flowers (1999) |
Mr. Bungle - California (1999) |
Samael - Eternal (1999) |
Nine Inch Nails - The Fragile (1999) |
Skunk Anansie - Post Orgasmic Chill (1999) |
Machine Head - The Burning Red (1999) |
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